sexta-feira, 24 de junho de 2011

Plano de Monitoramento

  A manutenção da área tem como objetivos principais a limpeza das coroas, o controle periódico de formigas cortadeiras e a adubação de cobertura. Por tanto sempre que preciso fazer controle químico contra formiga, fazer adubação de cobertura, limpeza da área com a retirada de invasoras exóticas, aplicação de herbicida para as gramíneas e  irrigação para o bom desenvolvimento das mudas.
  A avaliação e o monitoramente devem seguir parâmetros pré-estabelecidos para garantir a perpetuação da área restaurada. Isso é feito pela análise de indicadores que apontam a necessidade de novas ações e o sucesso das ações já implantadas, visando  corrigir e garantir que a sucessão ecológica no local aconteça. E usamos como indicadores os vários estratos da formação florestal e as diferentes formas de vida.

Paço-a-paço do monitoramento:

1) Amostragem: marcar parcelas de forma sistemática, tendo cada uma 9x18m e contendo aproximadamente 40 individuos. Fazer 4 parcelas por ha, num total de 40 parcelas em nossa área. Onde as análises serão realizadas.

2) Pós - implantação: seis primeiros meses após o plantio deve ser avaliado mensalmente, para que se for preciso tomar decisões rápidas.Fazer adubação de cobertura com NPK utilizado anteriormente.
    Pré-fechamento da área: do sexto mês até o fechamente do dossel, ocorre em 3 anos. Avaliar a cada seis meses;
    Pós fechamento: avaliar anualmente para acompanhar a evolução das espécies.

Nas avaliações observar:
  - Riqueza das espécies, o total de espécies presente nas parcelas;
  - Espécies exóticas invasoras: removê-las;
  - Mortalidade: importante para as ações de replantio, verificar a causa da mortalidade para posterior correção;
  - Gramíneas invasoras: verificar visualmente e a quantidade, identificar a espécie para fazer o tratamento adequado;
  - Formigas cortadeiras: ver a quantidade de mudas atacadas e localizer os ninhos;
  - Sintoma de deficiência nutricional: por análise foliar e sintoma visual;
  - Cobertura da área: medição da copa;
  - Regeneração natural do sub-bosque: verificar a floração e frutificação, dispersão de sementes, composição do banco de sementes, germinação, presença de plântulas e individuos jovens. Essa avaliação permite observar a presença e atuação da fauna na área restaurada;
  - Outras formas de vida: presença de lianas, pequenos arbustos, herbáceas e epifetas. Essas espécies mostram que o plantio feito criaram um ambiente favorável para outras formas de vida e está havendo um equilibrio ecológica na área.

Tabela de verificação em campo:
presença quantidade
Espécies
Espécies exóticas
Mortalidade
Gramíneas invasoras
Formigas cortadeiras
Deficiência nutricional
Cobertura da área
Sub-bosque
Outras formas de vida
Data do levantamento       /      /
Nome do responsável:


                   Parâmetros para Diagnóstico:

Parâmetros Diagnóstico:
Diversidade/ha entre 15 e 20 espécies
Modelo de plantio sucessional
espécie exótica ausente
Número de individuos/há 1300 a 1600
Mortalidade 0 a 10%
Infestação de gramíneas 0 a 25%
Formigas cortadeiras 0 a 5%
Deficiência nutricional ausência
Cobertura da área após 1 ano 30 a 40%
Cobertura da área após 2 anos 40 a 100%
Cobertura da área após 3 anos 100%
Sub-bosque após 5 anos acima de 10 espécies
Número de individuos/há acima de 2500

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Etapas Operacionais

5) Operações:

5.1) Controle de formiga: usar iscas granuladas à base de Sulfluramida ou Fipronil, 45 dias antes do plantio;

5.2) Limpeza geral da área: controle de gramíneas com aplicação de herbicida, glifosate, 40 dias antes do plantio. Aplicar manualmente com equipamento costal.


5.3) Incorporação de resíduos: fazer gradagem leve;

5.4) Calagem: aplicar calcário manualmente em lance, com objetivo principal de elevar o ph e disponibilizar Ca e Mg para as mudas, 30 dias antes do plantio;


5.5) Abertura de linha de plantio: usar moto-coveadora, que chega a uma profundidade mínima de 40 cm, ideal para as mudas,adotando assim o sistema de cultivo mínimo;



5.6) Coroamento manual: controle quimico ao redor da muda num raio de 50 cm, usar pulverizador costal;

5.7) Adubação na cova: usar NPK 10:30:10 em torno de 200gr por cova;

5.8)Plantio: colocar a muda no centro da cova mantendo o colo um pouco abaixo do solo, o qual deve ser levemente compactado e fazer uma pequena bacia ao redor da muda para auxiliar a retenção de água no local. Utilizar plantadora manual.



5.9) Irrigação: irrigar de 4 a 5 litros de água por cova logo após o plantio e repetir as irrigações sempre que a muda apresentar murchamento;

5.10) Replantio: após 60 dias do plantio fazer levantamento da mudas que morreram e repor, geralmente em torno de 10%;

5.11) Adubação de cobertura: após 30 dias reaplicar o NPK.

Cont. PROJETO

LISTA DAS ESPÉCIES PARA RAD:



1)      PIONEIRAS:



1 – Annonaceae, Rollinia sylvatica (A.St.-Hil.) Mart. – Araticum-do-mato, Cortiça-amarela; frutos, consumidor = aves, macacos.


 
2- Araliaceae, Dendropanax cuneatum (DC.) –Maria-mole, frutos, consumidor = aves.

3- Arecaceae, Euterpe edulis Mart., Palmito Juçara, frutos, consumidores= morcegos, porcos-do-mato, serelepes; e aves: sabiás (Turdus spp.), jacus, tucanos (Família Ramphastidae), macucos, jacutingas e vertebrados. VULNERÁVEL A EXTINÇÃO.


4- Euphorbiaceae, Pera glabrata (Schott) Baill. [Pera obovata (Klotzsch)

Baill.], Tamanqueira / Tabocuva, fruto, consumidor =aves.



5- Leg. Caesalpinioideae, Bauhinia longifolia (Bong.) Steud.Pata-de-vaca-do-campo / Patade-vaca, dispersão autocórica.



6- Flacourtiaceae, Casearia gossypiosperma Briq. Espeteiro / Pau-de-espeto, fruto, consumidor=aves.



7- Flacourtiaceae, Casearia sylvestris Sw. Guaçatonga / Erva-de-lagarto, frutos, consumidor = aves



8- Lauraceae, Nectandra oppositifolia Ness [Nectandra mollis (Kunth) Nees ssp. oppositifolia (Nees & Mart.) Rohwer] Canela-amarela, fruto, consumidor= aves.





2)      NÃO PIONEIRAS (DIVERSIFICADAS)



1-     Anacardiaceae, Tapirira guianensis Aubl. – Peito de pomba, fruto, consumidor = aves.

2-        Annonaceae, Xylopia aromática (Lam.) – Pimenta-de-macaco, fruto, consumidor = aves.




3-     Arecaceae, Syagrus romanzoffiana (Cham.) Glassman, Jerivá,             frutos, consumidor = aves.



4-     Celastraceae, Maytenus ilicifolia Mart. Ex Reissek, Espinheira-santa,  fruto, consumidor = aves. PRESUMIVELMENTE EXTINTA.



     5- Araucareaceae, Araucaria angustifolia (Bertol.), Araucária /         Pinheiro-do-paraná / Pinheiro-do-paraná, fruto, consumidor = cutia, gralha-azul, papagaio-de-peito-roxo, aiurus, tucanos, tiribas, macacos, quatis, pacas, bugios, ouriços, camundongos, esquilos, besouros ,formigas, o Homem... .

6-Clusiaceae, Calophyllum brasiliense Cambess., Guanandi / Mangue.frutos, consumidor = morcegos QUASE AMEAÇADA



7- Leg. Caesalpinioideae, Copaifera langsdorffii Desf. Óleo-de-copaíba / Copaíba, fruto, consumidor = mamíferos e aves.


 8-Moraceae, Ficus glabra Vell. Figueira, consumidor = animais frugívoros.


9- Moraceae, Chodat ex Chodat & Vischer. Figueira-branca / Figueira, fruto, consumidor = aves



  10- Myrtaceae, Campomanesia phaea (O. Berg) Landrum Cambuci, frutos, consumidor= aves. QUASE AMEAÇADA



  11- Myrtaceae, Myrciaria trunciflora O. Berg Jaboticaba-sabará / jaboticaba / Jaboticaba-vermelha, fruto, consumidor= fauna


 12- Rhamnaceae, Colubrina glandulosa Perkins[Colubrina rufa (Vell.)

Reissek] Sobrasil / Saguaraji-vermelho / Saguaragi-amarelo / Saguaragi, frutos, consumidor=aves.





 






















domingo, 19 de junho de 2011

cont. PROJETO

3) Modelo de Plantio a ser utilizado: Nesse projeto eliminou-se a utilização de banco de sementes plântulas de espécies nativas. Devendo usar mudas de espécies nativas.Onde foram feitas combinações entre as espécies em grupos de palntios visando a implantação de espeácies Pioneiras e Não-Pioneiras, proporcionando a gradual sucessão florestal. As Pioneiras tem crescimento rápido e boa cobertura de copa, o qu.
e leva ao fechamento do dossel da área plantada e cria um ambiente propicio para o desenvolvimento dos indívidula Não-Pioneiros, que não tem bom crescimento e precisam de sombra, porém com os passar do tempo elas são mais resistentes e acabam substituindo as Pioneiras no estagio de sucessão. A distribuição entre as espécies na área deve ser proporcional, bem misturada, evitando assim colocar individuos da mesma espécie próximas. Realizaremos o plantio na época chuvosa. Adotaremos o modelo ¨Alternado¨






4) Lista de espécies a ser implantadas: Na área total de 10.000m² e utilizando espaçamento de 2x3m, ou seja 6 m² usaremos 1.600 mudas, onde 40% serão Pioneiras e 60% Não-Pioneiras.Totalizando 640 individuos de Pioneiras divididos em 8 espécies; e 960 individuos Não-Pioneiras, em 12 espécies.Cada espécie será composta por 80 individuos. Respeitando a legislação selecionamos espécies da Florestal Ombrofila Densa, Mata Atlântica e visamos os frutos para chamar a fauna para área, tudo garantindo o funcionamento e evolução do ecossistema.



 
        














Plano RAD

Plano de Recuperação:

  Tem como foco a criação de áreas de Preservação Permanente e Reserva Legal.

   As matas ciliares tem função vital, pois garantem a qualidade e quantidade das águas dos rios, corregos e ribeirões que compõe a Bacia Hidragráfica. Por isso Restaurar mata ciliar é restaurar a integridade ecológica desse Ecossistema, sua Biodiversidade e sua estabilidade, em longo prazo, enfatizando e promovendo a capacidade natural de sucessão ecológica e de mudanças ao longo do tempo.A água é o componente unificador de integridade no manejo devida a sua estreita ligação com os recursos ambientais, em especial a floresta ciliar.
  O programa de recuperação não visa apena a introdução de espécies arbóreas na região, mas sim assumir a tarefa de reconstruir as complexas interações existentes numa comunidade florestal de maneira a permitir sua auto-perpetuação. Isso depende da elevada diversidade de espécies regionais que estão agrupadas em conjuntos sucessionais conforme seu comportamento ecológico, resumidamente são divididas em : Pioneiras e Não-Pioneiras.
   Os animais, insetos, aves e morcegos tem participação essencial na restauração, pois são responsáveis pela polinização e dispersão de sementes. Por tanto no projeto visamos inserir espécies que sejam atrativas de animais.
  
PROJETO:

1) Delimitação da área de Preservação Permanente conforme legislação vigente:
     -Ribeirão com menos de 10 metros de largura: APP com faixa de 30 metros em cada margem, num total de 10.000m².





  2) Ações para Restauração da área:

a) Isolamento da área e retirada dos fatores de degradação: retirar o gado da área isolando com cercas, evitando usar muitos fios de arame farpado para não isolar a fauna silvestre. O gado degrada pela dispersão de semente das gramíneas, compactação do solo e destrição do banco de plântulas.

b) Adequação do local: fazer plantio com espécie de adubação verde, com preparação prévia do solo. Depois dessa fase fazer o plantio com as espécies arbóreas selecionadas visando o adensamento e enriquecimento de espécies com introdução de individuos com espaçamento 3x2 m e que sejam atrativas para a fauna.